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Ibovespa abre em queda com exterior; JBS cai 14%, petróleo em baixa e dólar volta a subir

O Índice Bovespa iniciou a sessão desta quarta-feira em baixa, acompanhando o desempenho ruim dos mercados internacionais e o pessimismo dos investidores mundo afora. O peso negativo global se sobressaía à aprovação em segundo turno na Câmara dos Deputados da PEC do teto de gastos públicos na noite de ontem, em mais uma vitória do governo Temer no Congresso. Às 10h55, o Ibovespa perdia 1,23%, aos 63.083,64 pontos.

Entre os destaques de alta estavam as ações preferenciais (PN, sem voto) da Telefonica, que divulgou ontem um lucro líquido de R$ 952,7 milhões no terceiro trimestre, alta de 9,6% sobre um ano antes. O resultado veio em linha com as expectativas do banco UBS e fazia o papel subir 2,80% nessa manhã.

Outra forte alta era registrada no recibo de ações Unit do Santander, que ganhavam 1,04% após o banco espanhol divulgar um lucro líquido de R$ 1,884 bilhão para o terceiro trimestre. Ações preferenciais da série A (PNA, sem voto) da Suzano subiam 0,65% após lucro líquido de R$ 53 milhões no terceiro trimestre da empresa de papel e celulose. Ordinárias (ON, com voto) da Fibria subiam 1,58% e Klabin Unit ganhava 0,87%, após a companhia anunciar ontem a compra da empresa de embalagens Embalplan e das instalações industriais para produção de caixas de papelão ondulado da empresa Hevi Embalagens, em uma operação estimada em R$ 187 milhões.

JBS cai 14% com fracasso em empresa internacional

No lado negativo, ações ordinárias da JBS despencavam 14,33% nessa manhã, após o sócio BNDES vetar a proposta de criação uma empresa que concentraria os negócios internacionais da companhia com sede na Irlanda e ações próprias no exterior. Natura ON perdia 5,62% enquanto ordinárias da Smiles recuavam 3,76%. Marfrig ON recuava 2,67% e preferenciais das Lojas Americanas perdiam 1,62%. Entre os maiores volumes de negociação da carteira, Petrobras PN caía 1,44% com petróleo em baixa no exterior, Vale PNA recuava 0,34% e ações ordinárias do Banco do Brasil caíam 1,56%.

Petróleo em queda e balanços de empresas puxam bolsas da Europa e EUA para baixo

O dia era negativo para o mercado de commodities. O petróleo rompeu a barreira dos US$ 50 o barril em meio às declarações da Rússia de que não irá aderir ao acordo dos países da Opep para a redução de produção. O WTI, negociado em Nova York, perdia 1,70%, cotado a US$ 49,10 o barril. Já o Brent caía 1,89% em Londres, negociado a US$ 49,82 o barril.

Os mercados internacionais caíam na manhã de hoje, acompanhando o pessimismo observado nas bolsas da Ásia e refletindo a queda nos preços das commodities e os balanços das empresas americanas que vieram abaixo do esperado pelo mercado. O Stoxx 50 caía 0,53%. Em Londres, o Financial Times recuava 0,98% enquanto o alemão DAX caía 0,75%. Na França, o índice CAC perdia 0,49%.

Nos Estados Unidos, os investidores iniciaram o pregão ainda refletindo os balanços negativos de ontem, como o resultado da Apple, e de olho nos números corporativos previstos para hoje, como a Coca-Cola e a Mondelez. Somado à isso, o mercado reagia a uma recente pesquisa eleitoral divulgada na Flórida que mostrou o republicano Donald Trump à frente da democrata Hillary Clinton. Segundo o jornal The New York Times, apesar da vantagem de Trump na recente pesquisa, Hillary segue na frente no compilado das demais pesquisas. Em Nova York, o índice Dow Jones recuava 0,44% enquanto o S&P 500 caía 0,41%.

Juros têm desempenhos mistos; dólar sobe

Os juros DI registravam resultados mistos na abertura do pregão dessa quarta-feira. Os contratos com vencimento em 2017 recuavam de 13,730% para 13,729%. Já os juros para 2018 tinha estabilidade em 12,250%. Os DI’s para 2021 subiam de 11,200% para 11,220%.

No ranking Doing Business, do Banco Mundial, que monitora o ambiente de negócios dos países, o Brasil aparece na 123ª posição, entre 190 países. O país perdeu duas posições em relação ao levantamento anterior e aparece abaixo de outros emergentes, como Turquia (69º), África do Sul (74º) e China (78º). Só a Índia (130º), entre os Brics, fica pior que o Brasil. Em relação aos pares na América Latina, o país ficou atrás de todas as grandes economias: México (47º), Colômbia (53º), Chile (57º) e Argentina (116º). E também atrás de países menores, como Paraguai (106º) e Peru (54º).

O dólar subia nessa manhã, após se aproximar da casa dos R$ 3,10 no pregão de ontem. A moeda americana tinha alta de 0,19%, a R$ 3,119. O Banco Central manteve a oferta de até 5 mil contratos de swaps reversos para hoje. No câmbio turismo, a moeda americana estava estável a R$ 3,28 a compra e R$ 3,08 a venda.

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