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Ibovespa abre em baixa com bancos e Petrobras; dólar avança para R$ 3,24

Por volta das 11 horas, o Índice Bovespa registrava baixa de 0,84%, aos 57.518 pontos, com as tendências mistas das principais bolsas internacionais.

Com importante peso no índice acionário local, as ações preferenciais (PN, sem voto) do Itaú Unibanco caíam 1,35%, Bradesco PN, 1,24%, os papéis ordinários (ON, com voto) do Banco do Brasil, 0,75%, e as units (recibos de ações) do Santander, 0,04%.

No mesmo sentido, Petrobras ON e PN recuavam 0,94% e 1,42%, respectivamente, pressionadas pela desvalorização de mais de 1% do petróleo no exterior. A petroleira refletia ainda o restabelecimento da validade da venda de 49% da Gaspetro, feita pela Petrobras à Mitsui Gás e Energia do Brasil, em uma decisão do desembargador Kassio Nunes do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Vale, por sua vez, tinha trajetórias mistas. Seus papéis ON subiam 0,05%, enquanto os PNA caíam 0,32%. A Vale negou a notícia veiculada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, de que o fundo de pensão Petros teria cobrado na Justiça R$ 843 milhões da Vale Fertilizantes após a empresa pedir sua retirada do patrocínio do fundo. Segundo a mineradora, sua subsidiária não foi citada na ação judicial movida pela Petros.

CSN perde 3% e Cesp ganha 8%

Os piores desempenhos do Ibovespa no horário ficavam com CSN ON, 3,62%, Braskem PNA, 2,60%, Smiles ON, 2,32%, e Gerdau Metalúrgica PN, 1,75%. A siderúrgica CSN anunciou mais cedo seu primeiro desinvestimento dentro da estratégia de redução do seu elevado endividamento. A companhia informou a venda de 100% das ações de emissão de sua controlada Metalic para polonesa Can-Pack em um negócio de US$ 98 milhões.

Na ponta oposta, as maiores altas do indicador foram puxadas por Cesp PNB, 8,78%, Cosan ON, 0,68%, Copel PNB, 0,63%, e Suzano Papel PNA, 0,50%. Do setor energético, a Cesp retomou sua discussão sobre a venda de ativos e recomendou que o Estado paulista retome as avaliações sobre a privatização da empresa.

EUA têm leve baixa, Europa sobe com PIB alemão e petróleo cai 1%

No mercado americano, os investidores repercutiam o recuo de 2,1% dos pedidos de hipotecas até 19 de agosto, contra uma baixa de 4% na semana anterior. O Dow Jones perdia 0,11%, o S&P 500, 0,11%, e o índice da Nasdaq, 0,01%.

Já na Europa, as atenções do mercado estavam voltadas para a nova estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) alemão no segundo trimestre. A Alemanha cresceu 0,4% entre abril e junho, na comparação com os três meses anteriores, e  1,7% no ano. O Stoxx 50, dos 50 papéis mais líquidos do bloco, avançava 0,52%, o francês CAC, 0,49%, e o alemão DAX, 0,29%. Na contramão, o britânico Financial Times tinha queda de 0,31%.

Ainda à sombra da possível participação do Irã na reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de setembro, em que poderá ser definida uma redução da produção mundial da commodity, o WTI, negociado em Nova York, caía 1,62%, para US$ 47,32, e o Brent, de Londres, recuava 1,02%, para US$ 49,45. Às 11h30, os EUA divulgarão seus números de estoque de petróleo.

Juros sobem e dólar avança para R$ 3,24

Pela manhã, as projeções dos juros futuros para 2017 subiam de 13,98% ao ano para 13,99%. Para 2018, as taxas passavam de 12,71% para 12,73%, como os juros válidos até 2021, que avançavam de 11,97% para 12,02%. Por “restrições operacionais”, a Secretaria do Tesouro Nacional não divulgará hoje o relatório mensal da dívida pública. O órgão enfrenta há três semanas uma greve de servidores que já atrapalhou leilões de títulos e o funcionamento do site Tesouro Direto, que vende papéis federais para pessoas físicas.

Os juros sobem apesar dos sinais positivos da inflação e do ajuste fiscal. A prévia da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor-15 (IPCA-15) desacelerou de julho para agosto, com variação de 0,45%, 0,9 ponto percentual inferior aos 0,54% da prévia de junho. Além disso, nessa madrugada, após sessão de 12 horas, o Congresso Nacional aprovou o texto-base do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017. A proposta autoriza o governo federal a fechar o ano com um déficit primário de R$ 143,1 bilhões e prevê um crescimento de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB).

Em dia de reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), o Banco Central (BC) anunciou novo leilão de até 10 mil contratos de swap cambial reverso, de US$ 500 milhões. O dólar comercial subia 0,35%, para R$ 3,24, e o dólar turismo ganhava 0,45%, vendido a R$ 3,38.

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