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Com commodities em alta, Ibovespa ganha mais de 2%; dólar cai a R$ 2,55

O corte de juros anunciado hoje pela China impulsionou os preços das commodities no mercado internacional e, por tabela, as ações de países emergentes, produtores de matérias-primas. O cenário externo, que também conta com chances de estímulos econômicos por parte do Banco Central Europeu (BCE), puxou para cima o Índice Bovespa. Às 12h05, o índice subia 2,04%, aos 54.489 pontos, puxado por Vale e Petrobras.

As maiores altas do Ibovespa eram marcadas pelas ações preferenciais (PN, sem voto) da Bradespar, 4,81%, seguidas pelos papéis ordinários (ON, com voto) da Vale, 4,56%, Petrobras ON, 4,16%, e Banco do Brasil ON, 4,18%. Bradespar, uma das principais acionistas da Vale, a mineradora brasileira e a petroleira são beneficiadas pela valorização dos preços do minérios de ferro e do petróleo. Petrobras PN sobe 4,07%. O banco estatal, por sua vez, ganha com  a criação da joint venture da área de cartões de crédito e de débito com a Cielo, a BB Elo Cartões, anunciada na noite de quarta-feira.

Já as piores baixas do índice ficavam com Cielo ON, 2,78%, com as ações preferenciais da série A (PNA, sem voto) da Suzano Papel e Celulose, 2,63%, Fibria ON, 1,91%, e Embraer ON, 1,75%. O desempenho ruim da operadora Cielo reflete o investimento elevado que ela fará na nova empresa, de R$ 8,1 bilhões, e o anúncio da redução de 50% para 30% da parcela do lucro pago aos acionistas por meio de dividendos. O valor do investimento deve ser obtido por meio de debêntures (papéis de dívida de longo prazo), o que significará aumento do endividamento da operadora de cartões. As exportadoras Suzano, Fibria e Embraer são afetadas pelo recuo do dólar.

JBS

JBS registra ganhos de 1,21%, com papel sendo cotado a R$ 11,70. A empresa anunciou hoje a  compra do grupo australiano Primo Smallgoods, líder do mercado de frios no país, por US$ 1,25 bilhão e do grupo brasileiro Big Frango, um dos maiores do setor avícola do Sul do país, por R$ 430 milhões.

Mercados Internacionais e Commodities

Nos principais índices do exterior, a valorização das commodities animou os investidores, na esteira da redução dos juros chineses. A China cortou 0,4 ponto percentual de sua taxa de juros básica, para 5,6% ao ano. A redução foi a primeira desde julho de 2012 e deve impulsionar a economia do país, que registra seu crescimento anual mais lento desde 1990. Um dos indicadores mais importantes do mercado de matérias-primas, o Reuters/Jeffries CRB, marca alta de 0,63%. No ano, o índice registra queda de 3,73% e de 2,10% em 12 meses.

Europa em alta

Na Europa, as expectativas melhoraram também com o anúncio do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, de que a instituição está pronta para liberar estímulos para economia local caso a inflação persista em baixa. O Stoxx 50, que concentra os 50 papéis mais líquidos da região, sobe 2,42%. O britânico Financial Times tem ganho de 1,15%, acompanhado pelo parisiense CAC, 2,30%, e pelo alemão DAX, 2,18%.

Nos Estados Unidos, o mercado futuro tem altas com o Dow Jones ganhando 0,88%, o Standard & Poor’s 500 subindo 0,86% e o índice da bolsa eletrônica Nasdaq com alta de 0,77%.

Dólar e Juros

No Brasil, o dólar comercial recua 0,23%, para R$ 2,55 na venda. O dólar turismo, das passagens aéreas e dos cartões de crédito, tem valorização de 0,36%, sendo vendido a R$ 2,76.

No mercado de juros futuros brasileiro, as projeções das taxas dos contratos com vencimento em janeiro de 2015 passam de 11,345% para 11,35%. Para 2016, as taxas caem de 12,42% para 12,34%. Já para 2017, as taxas são de 12,35%, ante 12,49% da última quarta-feira. Por fim, as projeções para 2021 tinham taxas de 12,14%, ante taxa anterior de 12,34%.

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