Ações na Arena, Recomendações

Citibank vê espaço para alta do preço do aço, mas manda vender ação da Usiminas

Com base na desaceleração da economia doméstica e no ajuste dos preços do aço à desvalorização do real, a corretora do Citibank mudou suas estimativas para companhias do setor siderúrgico e alterou a recomendação de Usiminas para vender. Segundo relatório da casa, a demanda por aço no país deverá recuar 5% este ano, mas mesmo assim os preços do aço devem subir, 5%, pela paridade com os preços internacionais, a partir de abril, pois já teriam batido no fundo do poço. O preço pode subir ainda mais 5% a 10% se o dólar chegar a R$ 3,50.

O texto aponta que a  maior parte da desvalorização do real tem sido compensada pelos preços globais mais baixos do produto. A Usiminas, por exemplo, teve sua posição rebaixada para “venda”, depois de o papel registrar alta de 50% recentemente e de olho numa demanda mais fraca e numa geração de caixa livre (Ebtida) 25% menor, além de prejuízo. O preço-alvo do papel segue inalterado (R$ 4,30).

A recomendação de venda para a CSN foi mantida e sua estimativa de Ebtida foi reduzida em 4%, para R$ 3,7 bilhões. Com uma alavancagem muito alta, na avaliação do Citi, os pagamentos anuais de juros da dívida líquida da empresa somam R$ 3 bilhões, ou mais de 75% do Ebtida. O preço-alvo também não foi alterado (R$ 4).

Na ponta positiva, o caixa da Gerdau deve avançar 7%, com ganhos mais elevados de suas operações nos Estados Unidos, esperam os analistas Alexander Hacking e Thiago Ojea. A empresa foi mantida como opção de compra no setor e é vista como a única rentável no cenário atual. As perspectivas de demanda interna são fracas, mas as margens devem ser parcialmente amortecidas por custos menores com sucata. O principal desafio da siderúrgica é com sua dívida líquida, que é em dólar. O preço-alvo do papel foi elevado para US$ 12,50 (cerca de R$ 41).

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