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Bitcoin cai 12%, para US$ 8,8 mil, e atinge menor nível desde novembro; mercado perde US$ 133 bi no ano

O Bitcoin, moeda virtual mais negociada no mundo, voltou a cair com força hoje, rompendo a barreira dos US$ 9 mil no mercado internacional. Às 17h45, a moeda virtual era negociada a US$ 8,8 mil, em queda de mais de 12% no dia e acumulando mais de 45% de queda em relação ao pico de R$ 19.600 do fim de 2017. A queda no ano equivale a uma perda de valor de mercado de US$ 133 bilhões, considerando que o estoque total de Bitcoins caiu de US$ 296 bilhões em 5 de janeiro para US$ 163 bilhões hoje, segundo estimativas do site Coindesk. No Brasil, o Bitcoin era negociado entre R$ 27 mil e R$ 29 mil. Diversas outras moedas virtuais também estão em queda, como o Ethereum, em queda de 5%, e o Ripple, com perda de 28%.

As quedas do Bitcoin se acentuaram por conta dos alertas de vários países contra a especulação com a moeda virtual. A China proibiu as bolsas de Bitcoins e limitou o espaço para negociação da moeda entre os investidores, enquanto a Coreia do Sul baniu as operações sem identificação e ameaça também proibir as bolsas. Mais recentemente, notícias de que autoridades reguladoras da Índia também estudam proibir as criptomoedas aumentaram o receio dos investidores. O ministro da Finanças da Índia, Arun Jaitley, afirmou que o país não considera as criptomoedas legais e que vai tomar todas as medidas para eliminar o uso da moeda em operações financeiras ilegais e como meio de pagamento.

Além dos reguladores, os problemas do próprio mercado assustam os investidores, como o recente desaparecimento de US$ 500 milhões em criptomoedas NEM em uma bolsa do Japão. A perda foi atribuída a ação de hackers, mas mostra a fragilidade desse mercado, que está fora do controle dos órgãos reguladores dos mercados financeiros.

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